‘Faroeste Caboclo‘ pode não ter agradado em cheio a crítica nacional, mas está fazendo sucesso no exterior. O Hollywood Reporter classificou a produção como “um denso e sangrento drama hiper realista” e comparou o longa a ‘Pulp Fiction‘ e ‘Cidade de Deus‘, durante o Festival de Xangai.
A crítica, publicada logo após a exibição do filme, chama a atenção para os conflitos entre ricos e pobres, negros e brancos, e destaca a dualidade entre o rural e o urbano. Elizabeth Kerr, a repórter responsável pela crítica, diz que o diretor tem controle suficiente para fazer uma espécie de costura orgânica entre esses elementos, de modo a não deixar nenhum deles parecerem apenas colados no filme.
Merecem destaque, também, o trabalho dos roteiristas Marcos Bernstein e Victor Atherino, e a fotografia de Gustavo Hadba, com suas imagens super saturadas em contraste com a realidade brasiliense e sua arquitetura modernista.
O texto ainda elogia a atuação de Fabrício Boliveira por seu trabalho adequadamente estoico ao interpretar João de Santo Cristo.
A crítica também chama a atenção para o visual e a cinematografia do duelo final e ainda ressalta a importância dos longos créditos para que se ouça a música original de Renato Russo até o fim, antes de encerrar com “é bom”.
No início deste ano, Faroeste Caboclo fechou contrato de distribuição nos EUA e deverá estrear nos cinemas norte-americanos no segundo semestre.
Recentemente premiado em Dallas, o filme também foi exibido na Sessão de Gala do Festival de Miami, a convite da direção do festival.
Faroeste Caboclo foi visto por mais de 1,5 milhão de pessoas no Brasil e, desde o fim de 2013, passou a ser visto também mundo afora. Esteve nos festivais de cinema de Toronto, Zurique, Estocolmo, Huelva (Espanha), Bogotá, Hong Kong e agora em Xangai.
Em setembro passado, no Festival Internacional de Toronto – considerado uma vitrine para a indústria cinematográfica – Faroeste foi aplaudido pelo público que lotou as três sessões. Na ocasião, o filme recebeu críticas positivas da imprensa.
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