sábado, 14 de dezembro de 2013

De jovem franzino a ídolo: repórter relembra encontros com Renato Russo

Como pode um jovem franzino, tímido, com um certo ar blasê, ser ao mesmo tempo tão visceral e contundente em suas ideias e no seu processo criativo? Foi a impressão que me ocorreu ao estar frente a frente, pela primeira vez, com Renato Russo, na redação do Correio, em 20 de abril de 1983. Ele veio ao jornal com Flávio Lemos (Capital Inicial) e Gutche (Plebe Rude) divulgar o festival Temporada de Rock que seria realizada dois dias depois, na Associação Brasileira de Odontologia (ABO), na 916 Sul.

Naquele encontro inicial, ele me deixou entusiasmado, ao apresentar letras de músicas que viriam a se tornar clássicos da Legião Urbana, como Geração Coca Cola, Eduardo e Mônica e Faroeste Caboclo. Na conversa que tivemos, comentou: "Fomos ensinados a consumir o que vem de fora, e se hoje somos o que somos, não é culpa nossa. A nossa geração aprendeu a gostar dos Beatles e dos Stones, de filmes americanos e de Coca-Cola. Tudo o que é nacional e dirigido aos jovens se origina do modelo importado."

A partir dali, Renato concedeu para este repórter várias entrevistas. Algumas foram feitas por telefone quando ele já estava radicado no Rio de Janeiro, mas houve as presenciais, previamente acertadas; e papos fortuitos, nos quais ele tinha sempre novidades para revelar. Conto aqui como, quando, onde e em que circunstâncias cinco delas aconteceram. Todas, de alguma forma, ganharam registro em nossos cadernos. http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2013/05/25/interna_diversao_arte,367888/de-jovem-franzino-a-idolo-reporter-relembra-encontros-com-renato-russo.shtml

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